Reforma da Previdência: governo quer capitalização sem aporte patronal
Publicado em: 08/04/2019

Segundo noticiou o jornal Valor Econômico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem discutido em conversas reservadas a proposta de capitalização com aportes apenas para os trabalhadores. Os empregadores ficariam desobrigados a contribuir.
Esse modelo é idêntico ao implantado no Chile na década de 1980. Apenas trabalhadores contribuem com 10% do seu salário em contas individuais geridas por empresas privadas, chamadas de administradoras de fundos de pensão (AFP).
O resultado é que, atualmente, 80% dos aposentados daquele país recebem menos de um salário mínimo (US$ 424) de benefício, e quase metade (44%) está abaixo da linha da pobreza.
Essa situação de miséria dos aposentados levou o Chile a liderar o ranking de suicídios de idosos na América do Sul. A Previdência Social atual é custeada por contribuições do governo, empresas e trabalhadores. E as aposentadorias e pensões de quem está fora do mercado de trabalho são financiadas por quem está na ativa.
No sistema de capitalização idealizado pela equipe econômica de Bolsonaro, cada indivíduo será responsável por gerir uma poupança individual durante a sua vida laboral para ter um benefício proporcional ao montante poupado. Quem ganha pouco, trabalha sem registro em carteira ou passa boa parte da vida desempregado não conseguirá guardar o suficiente para a aposentadoria.
Enquanto a previdência privada exclui a maioria da população, a pública garante benefícios a todos, o que ajuda a reduzir a pobreza. Sem os benefícios de aposentadoria e assistência social, a taxa de pobreza entre os brasileiros com mais de 65 anos aumentaria dos atuais 10% para quase 70%.
No Brasil, o piso do benefício do INSS pelas regras atuais é equivalente a um salário mínimo: R$ 998. Atualmente, 86% dos idosos têm proteção na velhice. A Previdência Social beneficia diretamente 30 milhões de pessoas e indiretamente outras 60 milhões.
Esse modelo é idêntico ao implantado no Chile na década de 1980. Apenas trabalhadores contribuem com 10% do seu salário em contas individuais geridas por empresas privadas, chamadas de administradoras de fundos de pensão (AFP).
O resultado é que, atualmente, 80% dos aposentados daquele país recebem menos de um salário mínimo (US$ 424) de benefício, e quase metade (44%) está abaixo da linha da pobreza.
Essa situação de miséria dos aposentados levou o Chile a liderar o ranking de suicídios de idosos na América do Sul. A Previdência Social atual é custeada por contribuições do governo, empresas e trabalhadores. E as aposentadorias e pensões de quem está fora do mercado de trabalho são financiadas por quem está na ativa.
No sistema de capitalização idealizado pela equipe econômica de Bolsonaro, cada indivíduo será responsável por gerir uma poupança individual durante a sua vida laboral para ter um benefício proporcional ao montante poupado. Quem ganha pouco, trabalha sem registro em carteira ou passa boa parte da vida desempregado não conseguirá guardar o suficiente para a aposentadoria.
Enquanto a previdência privada exclui a maioria da população, a pública garante benefícios a todos, o que ajuda a reduzir a pobreza. Sem os benefícios de aposentadoria e assistência social, a taxa de pobreza entre os brasileiros com mais de 65 anos aumentaria dos atuais 10% para quase 70%.
No Brasil, o piso do benefício do INSS pelas regras atuais é equivalente a um salário mínimo: R$ 998. Atualmente, 86% dos idosos têm proteção na velhice. A Previdência Social beneficia diretamente 30 milhões de pessoas e indiretamente outras 60 milhões.