Reforma trabalhista gerou menos de 20% dos empregos prometidos

Nenhum trabalhador vai cantar parabéns quando a reforma trabalhista completar um ano de existência no próximo dia 11. As promessas de 2 milhões de empregos nos primeiros anos feitas pelo governo Temer não foram e não deverão ser concretizadas. Até agora foram cridas apenas 372.748 vagas formais. Esses números comprovam que a alegação do Ministério Público do Trabalho, na época da aprovação da norma, de que a alteração não geraria mais empregos está sendo confirmada. O que gera emprego em países em crise econômica é o desenvolvimento econômico e não flexibilizações trabalhistas, aponta estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tendo como base exemplos anteriores ocorridos no México e na Espanha.
Segundo o advogado da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Eymard Loguércio, “Os números sobre contratação de trabalho intermitente - nova modalidade prevista na reforma, ainda indicam "precarização do trabalho". O saldo de intermitentes entre admissões e demissões no período é de 35.930.
Ele acrescenta que há notícias de empregados que firmaram acordos na demissão para serem posteriormente contratados pela mesma empresa ou por outra terceirizada como intermitentes. Nesses casos, o trabalhador que recebia um salário fixo mensal e seus reflexos, agora passa a receber apenas pelas horas trabalhadas, quando solicitado.