Resistência reverte terceirização de prepostos do Santander

Após resistência e mobilização da Contraf-CUT, federações e sindicatos, o Santander recuou na utilização de terceirizados como prepostos para fazer as homologações das rescisões de demissões de bancários. O banco havia contratado escritórios de advocacia em maio de 2013, exceto na capital de São Paulo, para fazer o desligamento dos trabalhadores.
Conforme levantamento feito junto aos integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, o banco voltou atrás e funcionários do banco voltaram a atuar como prepostos junto aos sindicatos, como vinha sendo feito anteriormente.
A primeira denúncia foi publicada em 24 de maio de 2013 no sítio da Contraf-CUT e a notícia alertava o banco que o procedimento não tinha amparo legal. Em 5 de junho de 2013, durante o Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander, promovido pela Contraf-CUT, foi definida a orientação aos sindicatos para não homologar rescisões feitas por prepostos terceirizados. Além de suspenderam as homologações por terceirizados, vários sindicatos fizeram denúncias ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A ilegalidade foi também discutida em audiência, ocorrida em 12 de dezembro de 2013, com o secretário de Relações do Trabalho do MTE, Manoel Messias, em Brasília.
É uma importante vitória contra a terceirização no Santander e deve servir de estímulo para barrar outras iniciativas dos bancos em substituir trabalhadores por terceirizados, precarizando o trabalho para reduzir os direitos trabalhistas.