Retirada de direitos pode ampliar casos de LER/Dort na categoria

Publicado em: 01/03/2018
Retirada de direitos pode ampliar casos de LER/Dort na categoria

Consideradas a segunda maior causa de adoecimento no trabalho, as LER/Dort são uma questão de saúde pública mundial. Na categoria bancária, cerca de 30% dos trabalhadores afastados por doença sofrem desse tipo de enfermidade, decorrente da atividade profissional.


A reforma trabalhista e a terceirização ilimitada podem aumentar os casos de acidentes e adoecimentos ocupacionais. Um dos pontos da reforma trabalhista que pode agravar a situação é a falta de controle da jornada de trabalho para os empregados que exercem a função remotamente, ou seja, de casa.


Outros fatores que podem prejudicar a saúde do trabalhador são: a possibilidade de jornada de 12 horas de trabalho com 36 de descanso para qualquer área e o intervalo para o almoço, durante a jornada, de no mínimo 30 minutos, ao invés de uma hora, como estabelece a legislação atual. A reforma também afeta as gestantes: o texto sancionado permite atuação de grávidas e lactantes em local insalubre. Isso afetará a saúde das mães e dos bebês.


“Agora, mais do que nunca, é importante saber que em todo e qualquer tipo de acidente no trabalho a empresa deve emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e que isso vale também para suspeitas de LER/Dort. O documento é fundamental, pois somente com as notificações conseguimos identificar os locais com condições precárias de trabalho e, assim, cobrar a responsabilidade dos bancos”, explica Rosângela Lorenzetti, secretária de Saúde e Condições de Trabalho da Fetec-CUT/SP.