Santander - Avanços em negociação

Publicado em: 19/11/2014
Santander - Avanços em negociação

Na sexta rodada de negociação específica da Campanha 2014, realizada ontem (18/11) em São Paulo com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, o Santander melhorou a proposta para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco também apresentou proposta para o acordo de Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS). O prazo de vigência é de dois anos, a exemplo dos acordos anteriores.


Entre os principais pontos favoráveis do aditivo estão a inclusão de cláusula que trata sobre condições de trabalho, além de concessão de bolsas para pós-graduação e garantias já inscritas na CCT, como pagamento de plano de saúde de demitidos e concessão de abono-assiduidade.


Conforme proposta, os trabalhadores do Santander tornam-se os primeiros bancários a conquistar programa de bolsas para pós-graduação dentro do acordo. Das 2,5 mil bolsas, 500 serão para cursos de pós-graduação, nas quais o banco assume 50% do valor até o teto de R$ 480,43, já reajustado por 8,5% relativo ao índice da CCT 2014/2015 junto à Fenaban. O critério será social, com prioridade àqueles que recebem os menores salários. Antes era beneficiado os trabalhadores com mais tempo no banco.


Plano de saúde na demissão – O banco aplicará os direitos estabelecidos na Lei 9.656/98 após o término do prazo garantido na cláusula 43ª pela CCT no que tange a continuidade do plano de saúde em casos de demissão.


Todos os trabalhadores, inclusive os não elegíveis, receberão a título de Participação nos Programas de Resultados do Santander (PPRS) os mínimos de R$ 1.858,00 até março de 2015, referente a 2014, e R$ 2.016,00 até março de 2016, referente a 2015. A PPRS não pode ser descontada da PLR garantida pela CCT, mas é descontada de programas próprios. A proposta precisa passar por avaliação de assembleia, que poderá ser marcada para o próximo dia 26/11.


“O Santander é o primeiro banco no Brasil a inserir em um acordo aditivo uma cláusula específica para tratar de condições de trabalho, normativa a conduta entre gestores, funcionários e clientes, com o objetivo de melhorar o tratamento e o relaciomamento entre as partes”, declarou o diretor do sindicato e funcionário do banco, Alexandre Eiras, que esteve presente na reunião em São Paulo.