Santander busca folha de servidores para ampliar base de clientes

O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, afirmou que o banco está de olho na base de clientes dos concorrentes para crescer em 2016. Para ele, é "óbvio" que todos vão segurar os investimentos no próximo ano, quando o cenário econômico aponta poucas oportunidades no crédito. Por isso, o banco deverá adotar uma estratégia mais agressiva para conquistar a base dos concorrentes.

Zabalza disse também que a estratégia é privilegiar o controle de risco de crédito e os custos do banco. Em menos de cinco minutos de conversa, o executivo mencionou várias vezes os esforços para conquistar "clientes de folha", ou seja, posicionar a instituição como canal para pagamento de salários, principalmente de servidores do setor público.

No terceiro trimestre, o Santander Brasil teve lucro líquido contábil de R$ 1,266 bilhão, ante R$ 537 milhões em igual período do ano passado. A carteira de crédito cresceu 3% na comparação trimestral, ajudada pelo efeito cambial, sem isso, teria recuado 0,1%.

Enquanto isso, o modelo de gestão do Santander permanece desrespeitando os trabalhadores. Na contra mão do que o banco adota/diz, inúmeras demissões aconteceram no Brasil, além disso, as condições de trabalho pioraram com a falta de funcionários, as metas abusivas, o assédio moral, a insegurança e o adoecimento de muitos colegas, só aumentam, e as práticas antissindicais e as terceirizações, não param.

O país foi responsável por 19% do lucro global do grupo espanhol e apresentou um crescimento de 15,9% no balanço do terceiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.