Santander desrespeita funcionário lesionado

O Santander continua desrespeitando e desvalorizando seus funcionários no Brasil, mesmo após anunciar que 26% dos € 6,6 bilhões do seu lucro mundial obtido em 2017 são provenientes do nosso país. Aqui o banco obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 9,953 bilhões neste mesmo período. O maior lucro na história do banco. Mais um exemplo de desrespeito do banco com seus funcionários aconteceu na última semana, quando um funcionário que é portador de doença ocupacional (LER/Dort) foi demitido pela terceira vez. O funcionário em questão já havia sido reintegrado duas vezes, sendo a última em junho de 2016, quando a 4ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional da 14ª Região anulou a sua segunda demissão.
O bancário Francisco Antônio Ferreira Veras, que iniciou carreira no Santander em dezembro de 1988, em Campina Grande (RN) e que foi transferido para Porto Velho em 1997, foi demitido pela primeira vez em fevereiro de 2008, mesmo sendo portador de doença ocupacional. Na época a mesma 4ª Vara do Trabalho entendeu que a extinção do contrato era ilegal e determinou a reintegração do bancário ao trabalho, além de condenar o banco ao pagamento de indenização por danos morais. Desde então o trabalhador vem sofrendo com suas lesões e ainda assim, trabalhando normalmente. Só que, em março de 2016, o banco novamente o dispensou no momento em que descobriu que estava reclamando de dores nos membros superiores.
Apesar de estar ciente que o bancário é portador de doença adquirida no exercício de suas atividades laborais, e sabendo que ele continua sofrendo com as dores geradas pelos esforços repetitivos de mais de 29 anos dedicados ao banco, a direção do Santander volta a demiti-lo, e logo que ele retornou do gozo de férias.