Santander desrespeita funcionários e a CCT

O Santander só toma decisões arbitrárias em relação aos funcionários. O banco espanhol implantou, sem negociar com o movimento sindical, sistema que força os trabalhadores a assinarem um acordo individual de banco de horas semestral. Por ser inconstitucional, os trabalhadores questionaram a medida e solicitaram a imediata suspensão. No entanto, o banco afirmou que não vai negociar com os representantes dos empregados, muito menos anular.
Além do sistema, a empresa tem tomado outras medidas prejudiciais aos trabalhadores. Alterou a data de pagamento dos salários do dia 20 para 30, e os meses que o 13º salário é pago. Antes, o benefício era creditado em março e novembro. Agora será em maio e dezembro. As mudanças entram em vigor em março de 2018. O Santander não cansa de atacar os funcionários. São aumentos abusivos no valor do plano de saúde e o banco informou que vai aplicar o parcelamento das férias.
No começo de dezembro, o presidente do Santander, Sérgio Rial, encarnou o showman ao deslizar de rapel durante o Encontro Anual promovido pelo banco, que contou com apresentações de Ivete Sangalo e Fafá de Belém. A uma plateia composta por milhares de funcionários, o CEO comemorou o lucro projetado de R$ 10 bilhões em 2017 e cobrou crescimento de 20% em 2018.
O clima de diversão se dissipou alguns dias depois quando a diretoria do banco passou a implementar pontos da reforma trabalhista de Michel Temer que prejudicam os trabalhadores, uma delas, a demissão em massa.
Desde que Sérgio Rial exibiu sua performance midiática, no começo de dezembro, o Santander demitiu cerca de 200 funcionários somente na base do Sindicato, que engloba São Paulo e outros 15 municípios da região metropolitana. Agora, a demissão em massa é permitida pela nova lei trabalhista.
Hoje, Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Santander Contra a Retirada de Direitos, a diretoria do SindBancários Petrópolis se une a outras entidades em todo o país paralisando todas as agência do banco na cidade até o meio dia em protesto contra a aplicação dos diversos pontos da reforma trabalhista aprovada por Michel Temer para favorecer banqueiros e empresários, desrespeitando os bancários que, com muito trabalho e dedicação, conquistaram um quarto do lucro global do banco espanhol.
Foto(s)
