Santander fecha 970 postos de trabalho no trimestre

O Santander continua eliminando postos de trabalho bancário em ritmo acelerado. É o que mostra o balanço do banco espanhol, divulgado na última terça-feira 29/04. Apenas nos primeiros três meses deste ano, foram extintas 970 vagas. Nos últimos 12 meses o estrago foi ainda maior, com o fim de 4.833 empregos. O número de funcionários, que era 53.484 em março de 2013, chegou a março deste ano em 48.651. Além disso, a instituição fechou 150 agências em 12 meses, sendo 58 apenas no primeiro trimestre deste ano.
O Brasil, ao contrário da Espanha, vive uma estabilidade econômica com pleno emprego, portanto, nada justifica estes resultados, a não ser a gestão equivocada de Jesús Zabalza (presidente do Santander Brasil), à frente da instituição no país. Com a redução de postos de trabalho no banco, a despesa com pessoal se manteve praticamente inalterada em um ano. Somou, incluindo a PLR dos funcionários, R$ 1,760 bilhão entre janeiro e março deste ano, uma alta de apenas 0,4% em doze meses, ou R$ 7 milhões. Por outro lado, as receitas provenientes de tarifas e serviços, cobrados dos clientes, somaram R$ 2,633 bilhões no primeiro trimestre, alta de 1,8% em doze meses (ou R$ 47 milhões). Isso significa que só com esse montante, o Santander paga uma folha e meia de pessoal: a relação entre receita de serviços e tarifas e despesas de pessoal, que era de 147,5% no primeiro trimestre de 2013, subiu para 149,6% em março deste ano.