Santander lucra R$ 5,85 bi e frustra trabalhadores

Pouca concessão de crédito, redução de postos de trabalho, fechamento de agências, rotatividade e diminuição de verbas para treinamento foram alguns fatores que fizeram os resultados do Santander frustrarem os empregados do banco.
O balanço de 2014 divulgado pela instituição financeira mostra lucro de R$ 5,85 bilhões, crescimento de 1,8% frente aos R$ 5,74 bilhões de 2013.
A Contraf-CUT cobrou a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para antes do Carnaval, mas o Santander informou que, infelizmente, não tem como atender a solicitação. Porém, a antecipação virá no dia 20 de fevereiro, junto com o pagamento salarial. De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a PLR deverá ser paga até 2 de março. Mais clientes, menos bancários - O total de clientes subiu 1,581 milhão, entre 2013 e 2014, alcançando mais de 31 milhões de contas. Apesar disso, o Santander eliminou 312 postos de trabalho e fechou 61 agências, em 2014, conforme balancete do Brasil. O balanço global traz números diferentes: de 2013 a 2014, os trabalhadores no país teriam passado de 49.371 para 46.464.
Além do fechamento de postos de trabalho, o que o Santander ganhou com tarifas, isto é, R$ 11,05 bilhões, cresceu mais 2,3% do que o banco gastou com pessoal. Ou seja, enquanto recebeu mais dos clientes, a instituição financeira não remunerou melhor nem ampliou o número de funcionários para garantir melhoria no atendimento.
Outro dado apresentado foi a pouca ampliação da concessão de crédito, que teve um crescimento de apenas 7,9% em comparação com 2013.
O lucro do Santander no país conquistado pelo suor dos seus 50 mil trabalhadores no Brasil voltou a crescer, mas ainda ficou muito aquém da expectativa e do enorme esforço empreendido por seus funcionários.
Os cortes sobrecarregam e adoecem a categoria. Além disso, a minimização de riscos, por exemplo, com retenção de crédito, não contribuiu em nada para a melhoria dos resultados.