Santander: simples, pessoal e justo só no discurso

"Simples, Pessoal e Justo". Estes são os três pilares que, segundo o discurso propagado pelo Santander, norteiam a atuação do banco, tanto na relação com clientes, como com seus trabalhadores. Porém, a beleza das palavras desaparece quando um bancário encara a dura realidade enfrentada pelos funcionários da instituição. É o caso de um gerente geral demitido após 15 anos de banco que denunciou a cobrança abusiva por metas dentro do novo Programa Jeito Certo e a conduta desrespeitosa por parte do diretor comercial de São Paulo, Marcelo Malanga.
"Antes tínhamos o super ranking, onde cumpríamos as metas de vendas de produtos. Agora, além das vendas, temos que bater metas trimestralmente na construção do negócio, que resume-se na evolução dos produtos vendidos e também em um terceiro ranking, que é o faturamento da agência menos o PDD (provisão para devedores duvidosos). Posteriormente, somos colocados em um quadrante que avalia a aderência nesse modelo e os resultados. Se vamos mal nos dois eixos, ficamos no quadrante ´D´, que brincamos que é ´D´ de demissão", conta o ex-funcionário do Santander.