Se ativismo virar crime, quem lutará por seus direitos?

O Brasil elegeu um novo presidente, que já declarou que vai colocar “ponto final em todo tipo de ativismo”. Mas o que será da população brasileira se o ativismo virar crime? O que será dos trabalhadores? Como ficarão seus direitos?
A história da humanidade nos mostra que nenhum avanço rumo à civilização, ou seja, nenhum passo em direção à ampliação de direitos, ao respeito às diferenças e a uma sociedade mais justa ocorreu sem ativismos.
Os bancários usufruem de muitos frutos do ativismo. A organização da categoria em sindicatos, mobilização em protestos e greves resultaram em uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que é válida em todo o país; em aumentos reais consecutivos; na jornada de seis horas e no não trabalho aos sábados. Os bancários também foram a primeira categoria a conquistar o direito de receber parte do lucro das empresas, a PLR.
Também foi a coragem de inconformados, que para muitos custou a vida inclusive, que fizeram o Brasil retomar sua democracia em 1985, após 20 anos de um regime militar que prendia, torturava e assassinava seus opositores políticos.