Sem avanço, negociação continua hoje

Publicado em: 28/09/2016
Sem avanço, negociação continua hoje

Com 22 dias de greve forte da categoria bancária, a Fenaban voltou à mesa de negociação, nesta terça-feira (27/09), em São Paulo, com uma proposta de novo modelo de acordo, com validade de dois anos (2016 e 2017).


O Comando Nacional dos Bancários reafirmou que a proposta deverá contemplar: emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades e segurança.


A Fenaban vai se reunir com os bancos hoje (28/09), pela manhã e as negociações com o Comando Nacional serão retomadas às 15h.


O Comando Nacional cobra que a proposta deve ter ganhos para categoria. “Nossa orientação é que a greve continue forte em todo o País. Somente com a nossa mobilização vamos conquistar um acordo que atenda às demandas da categoria”, ressaltou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.


Evolução da greve:





























































































1º dia (6/9): 7.359 agências
2º dia (7/9): FERIADO
3º dia (8/9): 8.454 agências
4º dia (9/9): 10.027 agências
5º dia (10/9): SÁBADO
6º dia (11/9): DOMINGO
7º dia (12/9): 11.531 agências
8º dia (13/9): 12.009 agências
9º dia (14/9): 12.386 agências
10º dia (15/9): 12. 608 agências
11º dia (16/9): 12.727 agências
12º dia (17/9): SÁBADO
13º dia (18/9): DOMINGO
14º dia (19/9): 13.071 agências
15º dia (20/9): 13.096 agências
16º dia (21/9): 13.398 agências
17º dia (22/9): 13.159 agências
18º dia (23/9): 13.385 agências
19º dia (24/9): SÁBADO
20º dia (25/9): DOMINGO
21º dia (26/9): 13.420 agências
22º dia (27/9): 13.449 agências

Hoje se completam 23 dias de greve. O mesmo que em 2013, ano da segunda mais longa greve dos últimos 12 anos. A maior greve das últimas duas décadas foi em 2004, com a duração de 30 dias.


“Vejo com muita preocupação, pois querer mudar o modelo de acordo anual, durante uma greve que já dura 22 dias (completados nessa terça), é algo delicado e demonstra, mais uma vez, o desrespeito e a irresponsabilidade da Fenaban e dos bancos com seus funcionários e seus clientes. Afinal, uma proposta de alteração de modelo de acordo coletivo deveria ser pautada com antecedência. Não somos contra um acordo bianual, mas isso é algo que deve ser construído com muito cuidado, para que os trabalhadores não corram nenhum risco de perdas de direitos ou desvalorização salarial”, relatou o presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos André Alvarenga.


Obs.: Crescimento, em percentual, do primeiro dia de greve ao dia de ontem, foi de 82,75%.