Senado prestes a votar reforma trabalhista

Em meio a protestos, o plenário do Senado deve apreciar a reforma trabalhista (projeto que altera mais de 100 artigos da CLT), hoje dia 11/07. Se aprovada, a proposta (prioridade do governo Temer e do mercado) impõe sérios prejuízos aos trabalhadores.
A reforma regulamenta o trabalho temporário, terceirizado e a jornada parcial, além de criar uma nova forma de contrato, a do trabalho intermitente. Na prática, retira toda a proteção social, aumenta o desemprego, a insegurança e a precariedade. Com as mudanças na CLT, o trabalhador ficará completamente subordinado ao empregador, que fica livre para utilizar a mão de obra como quiser. Em outras palavras, as empresas não terão qualquer tipo de restrição e vão poder remunerar o funcionário apenas pelas horas trabalhadas.
A possibilidade de rever as remunerações em negociações coletivas ou individuais estão entre as questões que incentivam a redução dos salários, sem a diminuição da jornada de trabalho. A reforma também não deixa nenhum espaço para o brasileiro buscar direitos. A medida é tão bem pensada que não só tira direitos dos trabalhadores como ainda deixa-os sozinhos, com a fragilização dos sindicatos. Destaque para a prevalência do negociado sobre o legislado, a possibilidade de negociação individual e a eliminação de cláusulas nos acordos. O golpe final está na limitação do acesso à Justiça do Trabalho, já que o trabalhador terá de arcar com o pagamento de honorários periciais e advocatícios de sucumbência e custas processuais.
Hoje 11/07, os diretores do SindBancários Petrópolis, Cláudia Marisa e Sávio Barcellos, participam da mobilização em Brasília para pressionar os Senadores à votarem contra a reforma trabalhista.