STF julga amanhã correção dos planos econômicos na poupança

Publicado em: 26/11/2013
STF julga amanhã correção dos planos econômicos na poupança

Assustados com o risco de receber uma conta de quase R$ 150 bilhões, os bancos buscaram ajuda no governo federal para sensibilizar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que amanhã dia 27/11, julgam, finalmente, a correção das cadernetas de poupança nos planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).


Os dirigentes das principais instituições financeiras foram ao Palácio do Planalto, ao Ministério da Fazenda, ao Banco Central e ao próprio Supremo. A fatura é gigantesca (corresponde a quase um terço do patrimônio do sistema bancário) e uma decisão favorável aos poupadores pode resultar numa interrupção do crédito no país.


Os bancos demoraram a acordar para o problema que tramita há mais de 20 anos. Só se atentaram para o risco quando, em 2007, houve uma corrida de poupadores ao judiciário. Naquele ano encerrava o prazo para as ações do Plano Bresser. Hoje são mais de 1 milhão de ações individuais e mais de 1 mil ações coletivas, todas em busca de correção mais generosa das cadernetas de poupança nas viradas dos planos de estabilização. Uma votação favorável do STF pode ter consequências devastadoras para o sistema em geral e para os bancos públicos, em particular. Banco do Brasil e Caixa Econômica respondem por 52% dos depósitos em poupança no país.