Temer atua pelo mercado financeiro

Um projeto que remete o retorno sombrio do Brasil ao início do século XX. Esta é a avaliação de economistas e especialistas do país com a ofensiva neoliberal do governo interino de Michel Temer.
Um dos críticos é o economista e professor da Unicamp, Eduardo Fagnani. Ele explica que o projeto do PMDB atende apenas ao setor financeiro. A ampliação da desvinculação das receitas da União de 20% para 30% e a Proposta de Emenda Constitucional 241/16, que congela os gastos públicos por 20 anos, também são lembradas como responsáveis pelo retrocesso. Enquanto a desvinculação impacta diretamente nas verbas destinadas à saúde, educação e seguridade, a PEC pode reduzir os gastos nas áreas em até 40% em 10 anos. É a clara tentativa de implantar o Estado Mínimo no país.
O professor destaca ainda que o fim da valorização do salário mínimo, a prevalência do negociado sobre o legislado e a aprovação da terceirização sem limites representam um "impeachment do processo civilizatório" e são péssimos para o desenvolvimento nacional. Só quem tem a perder é o trabalhador.