Temer quer suspender intervenção militar para aprovar reforma da Previdência

O presidente mais impopular da história do país, Michel Temer (MDB), que retirou direitos trabalhistas com a nova legislação que literalmente rasgou à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), não se dá por satisfeito e deixou escapar em entrevista à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) que pode suspender a intervenção militar no Rio de Janeiro para votar a Reforma da Previdência (PEC 287/2016) ainda este ano. Como não são permitidas mudanças na Constituição em casos de intervenção militar, ele disse que a suspensão depende de conversações a serem realizadas após o primeiro turno das eleições.
O governo quer levar à votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado o projeto aprovado em comissão especial da Câmara desde o primeiro semestre do ano passado, que foi barrado pela pressão exercida pelos trabalhadores.
“Os trabalhadores têm que ficar atentos para impedir mais um golpe do MDB, do PSDB e demais partidos que formam a base deste governo ilegítimo. Além de tornar ainda mais difícil o direito dos brasileiros se aposentarem, o projeto visa impor o desmonte da Previdência Social para que os bancos ganhem ainda mais dinheiro com a previdência privada”, critica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção.