TERCEIRIZAÇÃO - Grande mobilização contra o PL 4.330

Publicado em: 10/07/2013
TERCEIRIZAÇÃO - Grande mobilização contra o PL 4.330

Na terceira reunião da Mesa de Negociação Quadripartite, formada por representantes das centrais sindicais, governo, parlamentares e empresários, realizada ontem, terça-feira 09/07, a bancada patronal rejeitou as alterações no PL propostas pela bancada sindical.


A CUT e as demais centrais sindicais estão fazendo todos os esforços para que não seja votado nesta quarta-feira 10/07, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJC) dos Deputados, o Projeto de Lei nº 4.330 que permite a terceirização em todas as atividades das empresas. Se aprovado, o projeto libera por completo a terceirização e precarização  do emprego e dos direitos dos trabalhadores no Brasil.


Depois da argumentação do presidente da CUT, reforçada pelo presidente da CTB, Wagner Gomes, que disse ser necessário discutir por mais tempo a inclusão de itens de direitos dos trabalhadores no PL 4.330, o relator do PL, deputado Artur Maia, acatou a proposta das centrais para continuar negociando com as bancadas dos trabalhadores e dos empresários, uma vez que, se a mesa fizer um acordo, a tramitação do PL ocorrerá mais tranquilamente no Congresso Nacional. A proposta é fazer reuniões a partir do dia 16 de julho, durante o período de recesso parlamentar, até o dia 5 de agosto, a partir desta data, o relator deverá consolidar as propostas elaboradas pela mesa de negociação e então encaminhar a tramitação do projeto 4330.


Amanhã, dia 11/07, as centrais sindicais realizam uma grande mobilização em todo o país contra o PL 4.330/04, que significa uma reforma trabalhista disfarçada, visando tão somente reduzir salários e conquistas dos trabalhadores e enfraquecer a organização sindical para aumentar os lucros das empresas.


Os trabalhadores vão exigir ainda o fim do fator previdenciário, reajustes dignos para os aposentados, o fim dos leilões do petróleo, reforma agrária, mais investimentos na saúde e educação, transporte público de qualidade e jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial.