Terceirização pode ser votada amanhã

O governo prepara uma retaliação ao povo brasileiro, que na última semana foi em peso para as ruas contra a reforma da Previdência. Aliado de Michel Temer, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, promete para amanhã (21/03), a votação do projeto que libera a terceirização - PL 4302/98.
Se depender do Congresso Nacional - de maioria conservadora e comprometida com o grande capital - os direitos assegurados pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) vão acabar.
O terceirizado sabe bem os prejuízos de um trabalho sem carteira assinada. O salário é em média 25% inferior do que o do funcionário formal, enquanto a jornada chega a três horas a mais. Também não tem férias, 13º salário, FGTS, seguro-desemprego. A segurança é zero.
Na categoria bancária, fica ainda sem os benefícios garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho, como PLR (Participação nos Lucros e Resultados), vale-alimentação, vale-refeição.