Trabalhador quer CLT e direitos, mas precarização empurra à informalidade

Publicado em: 12/11/2025
Trabalhador quer CLT e direitos, mas precarização empurra à informalidade

As políticas neoliberais e as reformas que enfraqueceram a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como a reforma das leis trabalhistas aprovada em 2017 pelo governo Temer, capitaneadas por governos antipovo, escancaram o caminho para a terceirização irrestrita e a pejotização. Na esteira, a falsa ideia de que empreender representa liberdade. Mas, a realidade não é bem esta.

Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que 56% dos que hoje atuam como autônomos no setor privado e já tiveram experiência como CLT desejam voltar a ter carteira assinada.

Os principais fatores apontados para a mudança de ideia estão a baixa remuneração (44,5%) e as exigências excessivas de qualificação (38,7%). “A promessa do empreendedorismo como saída individual para a crise do emprego é ilusória. O que o povo quer é trabalho digno, com direitos, salário justo e proteção social. É por isso que seguimos lutando por políticas de valorização do emprego formal e pela revogação das medidas que fragilizaram a CLT”, afirma o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Em meio ao debate sobre a pejotização, modalidade amplamente criticada pelas centrais e entidades sindicais por precarizar as relações de trabalho e extinguir direitos, a sociedade anseia por um Estado forte, que gere emprego e renda e execute políticas que garantam a qualidade de vida.