Trabalhadores vão às ruas contra a reforma da Previdência

Publicado em: 22/03/2019
Trabalhadores vão às ruas contra a reforma da Previdência

    Ao contrário do que diz o governo Jair Bolsonaro (PSL), a reforma da Previdência não vai garantir a aposentadoria das gerações futuras nem da atual, vai restringir o acesso à aposentadoria e reduzir o valor dos benefícios, em especial os trabalhadores mais pobres.

    Se o Congresso Nacional aprovar o texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019) milhares de trabalhadores não vão conseguir se aposentar e muitos se aposentarão com benefícios de menos de um salário mínimo. E os que já estão aposentados terão o valor dos benefícios achatados. A reforma de Bolsonaro é muito pior do que a de Michel Temer (MDB).  A PEC impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) para se aposentarem, aumenta o tempo de contribuição de 15 para 20 anos para receber benefício parcial e acaba com a vinculação entre os benefícios previdenciários e o salário mínimo. Isso significa que os reajustes dos aposentados serão menores do que os reajustes dos salários mínimos. E mais: a reforma de Bolsonaro prevê que a idade mínima aumentará a cada quatro anos a partir de 2024. Ou seja, a regra para que um trabalhador possa se aposentar no futuro poderá ficar ainda pior.

                                                       Reaja agora, ou morra trabalhando

    Hoje é Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, a CUT, demais centrais e movimentos sociais vão as ruas de todo o país para lutar contra essa reforma que acaba com as chances de milhões de trabalhadores de se aposentar. É um esquenta para a greve geral que os trabalhadores vão fazer se Bolsonaro insistir em aprovar essa reforma perversa. 

    No Rio de Janeiro o ato começa às 16 na Candelária. Depois segue em caminhada até a Central do Brasil.

    Os diretores do SindBancários Petropolis, Iomar Torres, Cláudia Marisa, Augusto Quintela, Sávio Barcellos e Marcos Alvarenga, participam deste ato em defesa da categoria bancária.