Um ano após reforma, recuperação do mercado de trabalho ficou na promessa

Em novembro do ano passado, o então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, declarou esperar a criação de 2 milhões de empregos em 2018 e 2019 com a aprovação da "reforma" trabalhista. Passado um ano, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira (20/12), mostram que essa previsão ficou distante da realidade. Em 12 meses, até novembro, o saldo – diferença entre contratações e demissões formais é de 517.733, crescimento de 1,36% no estoque. As vagas concentram-se no setor de serviços: 400.189, 77% do total.
De janeiro a novembro, foram criadas 858.415 vagas com carteira (2,27%). Mas o número final de 2018 será bem menor, porque historicamente dezembro é o mês com maior redução de postos de trabalho.
Como ocorre todos os meses, o salário de quem é contratado ficou abaixo do que ganhavam os demitidos. O rendimento médio de quem saiu, segundo o Caged, era de R$ 1.688,71, enquanto quem entrou no mercado passou a ganhar R$ 1.527,41.
O estoque atual é de 38.726.746, equivalente ao de novembro de 2016. Em igual período de 2014, era de 41,3 milhões.