Vamos às ruas pela saída de Temer e por eleições diretas

Logo após a divulgação de gravações em que o presidente Michel Temer é flagrado pedindo para que Joesley Batista, um dos sócios da JBS, continue com os pagamentos a Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e ao doleiro Lúcio Bolonha Funaro para que ambos mantivessem o silêncio e não delatassem outros envolvidos no esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato, as frentes Brasil Popular e Povo Sem medo convocaram manifestações para todas as capitais do país. Também já convocou uma grande manifestação para domingo (21) em São Paulo.
Em outra gravação, Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para "resolver assuntos" da J&F, uma holding que controla a JBS. A polícia federal seguiu e filmou Rocha recebendo uma mala com R$ 500 mil, enviados por Joesley.
O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley para pagar despesas com sua defesa na Lava-Jato. Aécio indicou seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e coordenador de logística de sua campanha a presidente em 2014. A Polícia Federal filmou a entrega de dinheiro a Fred. Os números de série das notas haviam sido registrados previamente. A mala onde estava o dinheiro possuía um chip para permitir sua localização. Os valores foram depositados na conta de uma das empresas do senador Zezé Perrella (PSDB/MG).
Diante das gravações, também ganha força a convocação feita pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais para que Brasília seja “ocupada” na semana que vem em protesto e para pressionar deputados e senadores a rejeitarem as propostas de reforma trabalhista e da Previdência encaminhadas pelo atual governo ao Congresso Nacional.