Verba pública não é para salvar banco

Os bancos lucram bilhões a cada ano, cobram juros abusivos aos clientes e, quando entram em dificuldade, ainda podem receber ajuda financeira do governo. Visando acabar com o uso do dinheiro público para salvar as organizações financeiras à beira do colapso, um projeto chegou ao Ministério da Fazenda.
O uso de dinheiro público para salvar as organizações financeiras prestes a falir já foi observado no Brasil. Na década de 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foram disponibilizados R$ 30 bilhões, equivalentes a 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto), para salvar alguns bancos. O valor foi emprestado por meio do Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro). Mas, não adiantou e empresas como Econômico, Bamerindus, Banco Nacional decretaram falência.
O objetivo do projeto é compatibilizar as leis nacionais com as orientações do G20, que é contra a ajuda por parte dos governos. A intenção é inibir um efeito cascata, como o ocorrido em 2008 e que até hoje causa problemas em todo o mundo.