Vítimas do pente-fino: governo cortou 471 mil aposentadorias

Publicado em: 29/03/2019
Vítimas do pente-fino: governo cortou 471 mil aposentadorias

Está provado que o golpe parlamentar-midiático de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, foi contra a classe trabalhadora que amarga as consequências da reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB), que gerou o desemprego, a falta de expectativas, o chamado pente-fino nas aposentadorias por invalidez e que acabou com mais de 100 itens da CLT.


Entre setembro de 2016 e dezembro de 2018, período que engloba o governo do ilegítimo Temer e a transição para o governo Jair Bolsonaro (PSL), exatos 28 meses, o governo já cancelou 470.828 aposentadorias por invalidez, concedidas em caráter permanente a trabalhadores e trabalhadoras assalariados e pessoas de baixa renda, revela reportagem de Juca Guimarães, do Brasil de Fato.


A operação de convocação, reavaliação pericial e corte dos pagamentos é chamada de “pente-fino”, e os médicos peritos do INSS recebem R$ 60, como bônus, por exame feito.


As “vítimas do pente-fino” criaram um grupo para se comunicar pelo aplicativo WhatsApp, mas se desestimularam e abriram mão da ideia em fevereiro de 2019, após verificarem o alto índice de suicídios entre os membros do grupo.


Das aposentadorias por invalidez canceladas, 65,7% (309 mil) foram de benefícios concedidos a trabalhadores que estavam no regime de CLT quando foi comprovada a invalidez. Outros 144 mil, ou 30,7% do total, foram aposentadorias por invalidez vinculadas à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), concedidas a pessoas com deficiência permanente e cuja renda per capita familiar é inferior a um quarto do salário mínimo.


Outras 16.635 aposentadorias por invalidez cortadas nos últimos 28 meses foram do programa de Renda Mensal Vitalícia, que era concedido até 1996 para pessoas de baixa renda e com deficiência incapacitante para o trabalho. Nesse caso, parte dos benefícios pode ter sido cancelada porque o segurado faleceu.