Votação vergonhosa protege Temer

A vitória favorável ao arquivamento das denúncias contra Michel Temer e ministros, na última quarta-feira (18/10) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), não foi gratuita. Aliás, é resultado das manobras do presidente para continuar no poder.
Temer, por exemplo, já determinou aos ministros atenção total aos aliados e liberação de emendas parlamentares. Tem mais. O presidente recebeu bancadas estaduais inteiras e chegou a convidar adversários convictos do Congresso. Posteriormente, convidou para reuniões grupos organizados, como ruralistas, evangélicos e até investigados.
Orientaram votação a favor do parecer: PMDB, PP, PSD, PR, DEM, PRB, PTB, SD, PSC e Pros, enquanto PT, PSB, PDT, Pode, PCdoB, PPS, PHS, Rede e Psol foram contrários. PSDB e PV liberaram as bancadas para votar como quisessem. Ainda houve uma abstenção. O resultado da votação foi similar ao da primeira denúncia, cujo placar foi 40 contra 25, porque foi praticamente mantida a composição da CCJ, quando foram trocados 11 deputados do PMDB, do PP, do PR, do PRB, do PSD e do SD.